O caso dos velejadores brasileiros presos em Cabo Verde desde agosto de 2017 segue sem solução. E pior: sem esperança de que as autoridades do país africano finalmente concluam os processos de pedidos da defesa dos advogados e das autoridades brasileiras, como o Ministério Público, Itamaraty e a Polícia Federal. De acordo com João Dantas, pai de um dos presos, o baiano Rodrigo Dantas, há uma série de irregularidades inexplicáveis por parte da justiça de Cabo Verde.

"O processo que deveria estar nas mãos dos desembargadores para julgamento do recurso interposto pela defesa está retido há quase seis meses com a procuradoria do referido tribunal. O prazo para as vistas seria de apenas oito dias! O inquérito da Policia Federal do Brasil, atualizado e com a chancela do MPF e Justiça Federal brasileira, acompanhado com o pedido de colaboração espontânea, para que seja juntado ao processo, no qual confirma a inocência dos velejadores brasileiros, se encontra desde 7 de agosto deste ano na PGR e esta declarou que não fará o envio, pois não é sua obrigação", declara João, indignado.
Ainda de acordo com ele,a justiça de Cabo Verde considera o despacho fundamentado da PF brasileira uma “encomenda” da defesa, o que atinge de forma grave e direta as relações entre os países, uma agressão pública e registrada na Sentença do Zorro, não somente ao Estado Brasileiro, à Instituição da Policia Federal, ao povo brasileiro, aos velejadores, aos familiares e amigos.
Apesar de tudo isso, a familia de Rodrigo, que vive há meses em Mindelo, acredita num desfecho positivo. Temos sido acolhidos em Cabo Verde, em especial na linda cidade de Mindelo, como irmãos e amigos, encantadores e hospitaleiros como na nossa Bahia. Acreditamos na justiça maior, no equilíbrio e ponderação dos juízes desembargadores do Tribunal de Relação de Barlavento. Desejo paz e tranquilidade para se debruçarem na busca do restabelecimento da verdade e a justa volta dos nossos velejadores aos mares da vida", conclui João.
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