Um vídeo compartilhado nas redes sociais vem levantando polêmica. As imagens mostram lagostas espalhadas por toda uma extensão de praia, dispostas espontaneamente para captura e consumo da população. O que chama atenção é que as imagens são acompanhadas de textos informando que a aparição das lagostas é em Itacaré, no sul da Bahia. Já outros leitores e veículos de mídia compartilham que a ocorrência é na Praia do Saco, em Alagoas...e por aí vai...
O Mar Bahia ouviu o biólogo Claudio Sampaio*, que deu sua opinião a respeito. " A péssima qualidade, tanto no áudio que não é possível ouvir quase nada, quanto do vídeo que não mostra nada que caracterize a localidade, torna difícil qualquer suposição. Além disso as imagens não são boas o suficiente para identificar a espécie da lagosta, que parece não ocorrer aqui no Brasil, pelo colorido da cauda. Eu havia alertado, mas a pressão da mídia foi grande e alguns portais de notícias acabaram publicando, sem considerar minhas observações. Isso tudo é muito ruim, pois mesmo com nossos alertas, a publicação da matéria pode estimular populares irem à praia e comprometer o distanciamento social", declara.
* Claudio Sampaio é professor da Universidade de Alagoas (UFAL), do Laboratório de Ictiologia e Conservação de Penedo.
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