A réplica de uma das três embarcações usadas pelo navegador Cristóvão Colombo na expedição de "descoberta" da América está aportada na Baía de Todos-os-Santos. Ao contrário da original, que naufragou no mar do Caribe, a atual Caravela Santa Maria foi construída durante três anos em um estaleiro de Itajaí, em Santa Catarina, e teve em Salvador a sua primeira parada.

O Mar Bahia conversou com o comandante da embarcação, Luciano Pellegrino, que contou que a finalidade da caravela será turístico, justamente no Caribe. "Um empresário argentino investiu na construção da réplica para exploração de passeios durante o dia e restaurante flutuante durante a noite. O barco funcionará como uma escuna, com bares em diferentes andares, atendendo ao público e unindo turismo e história".
A tripulação da nau deve deixar o litoral baiano entre a noite desta terça-feira e a madrugada de quarta (11), quando segue até Natal, Suriname e finalmente Curaçao. O barco tem cerca de 70 pés, 2 motores de 350HP, tanque de 9 mil litros de diesel e mais 9 mil de água e capacidade para até 150 pessoas a bordo.
Projeto prevê a construção de outras réplicas
Este foi apenas o primeiro barco, de uma série de dez embarcações idênticas, que devem ser construídas nos próximos anos no Litoral Norte catarinense. Todas elas devem ser utilizadas em turismo nas diversas ilhas caribenhas.
Além da reprodução da NAU Santa Maria, também estão previstas a construção de quatro réplicas da embarcação Pérola Negra, que estrelou a famosa série de filmes “Piratas do Caribe” e de dois La Venganza de La Reina Ana, o galeão mais moderno do século XVIII, roubado e transformado em navio pirata por Barba Negra.
História e Descaso
A Caravela Santa Maria, junto com a Pinta e Nina, era uma das três embarcações usadas por Cristóvão Colombo nas expedições coloniais. Entre idos de 2008, Salvador chegou a utilizar uma réplica de caravela, a Príncipe Regente, como opção de turismo na Baía de Todos-os-Santos, mas o projeto não foi adiante.
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Batizado de Tour Baía Histórica, o roteiro percorria o Forte São Marcelo, Farol da Barra, Forte de São Paulo, de São Pedro, São Diogo e Santa Maria. Também permanece fechado o acesso ao Forte São Marcelo, que apesar das reformas e das promessas de reabertura a baianos e turistas, segue sem um destino.
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