A virada de ano se aproxima e é natural que diversos trechos da orla marítima de Salvador sejam escolhidos para o Réveillon. Para quem não abre mão de praticar esse ritual de boas-vindas ao novo ciclo, vale estar atento às medidas de segurança, sobretudo com as correntes de maré, para evitar afogamentos.
“É preciso máximo cuidado para evitar surpresas, principalmente no período noturno, o que dificulta o trabalho dos profissionais salva-vidas”, ressalta o gestor da Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), Alysson Carvalho. Ele alerta que o consumo de bebidas alcoólicas é um dos principais fatores de risco para os incidentes, uma vez que essas substâncias tendem a gerar falsa sensação de capacidade física ao banhista. Para este final de ano, a Salvamar realiza a Operação Praia Segura, intensificando a presença dos salva-vidas nas praias da cidade, principalmente naquelas que recebem número maior de frequentadores. “Esses salva-vidas atuam em escalas extraordinárias. Geralmente, cerca de 90 profissionais estão disponíveis na extensão de orla salvaguardada pela Salvamar. Eles estão nos mirantes de observação e também há equipes volantes de supervisão de praias, que fazem uso de equipamentos náuticos e quadriciclo”, explica Carvalho. Sinalização – Outra ação preventiva realizada pela Salvamar para alertar os banhistas é a colocação de bandeiras, em trechos de praia considerados perigosos. Esses são indicativos da condição do mar para o dia. A bandeira vermelha, por exemplo, representa mar muito agitado e indica a impossibilidade de mergulho no trecho demarcado, devido ao risco elevado de afogamento. Já a bandeira amarela simboliza um mar em atenção, no qual o banho no local está permitido, mas desde que o banhista tenha noções de nado e respeite as orientações dadas pelos salva-vidas. “Ao chegar à praia, o ideal é procurar logo um posto salva-vidas. Nele, soteropolitanos e turistas encontram profissionais treinados e capacitados para ofertar toda a orientação, de modo a tornar o lazer muito mais seguro”, acrescenta o coordenador do órgão. Perigo – O trecho com maior número de ocorrências registradas pela Salvamar está entre as praias de Jaguaribe e Piatã, diante da grande concentração de público nesses espaços. Porém, o perímetro mais perigoso, diante do relevo geográfico e das correntes de retorno, está entre o Farol de Itapuã e a Praia do Flamengo. Todas essas extensões correspondem à área atlântica do mar, com a incidência de ondas muito fortes e com grande quantidade de correntes de retorno, que é o contrafluxo da água levada pelas ondas e que retorna para a costa, formando as chamadas valas. Nessas faixas de orla, segundo a Salvamar, ocorrem 90% dos afogamentos na cidade. Carvalho reforça ainda a necessidade de redobrar os cuidados com crianças e idosos. “Os postos da Salvamar estão equipados com pulseiras de identificação para o público vulnerável, sobretudo as crianças”, avisa.
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