Passados três anos do naufrágio da embarcação Cavalo Marinho I, em Mar Grande,
ocorrido no dia 24 de agosto de 2017, matando 19 pessoas (e deixando 54 feridas), o Tribunal Marítimo condenou nesta quinta (20) os envolvidos diretos no acidente.
A sentença aconteceu no Rio de Janeiro, condenando o engenheiro naval da embarcação e o responsável pela empresa, por unanimidade, às penas máximas (previstas na Lei 2.180/54). Os juízes concluíram que a tragédia foi decorrente do dolo eventual de Henrique José Caribé Ribeiro, Lívio Garcia Galvão Júnior e CL Empreendimentos EIRELLI-EPP.

Henrique, engenheiro naval, está proibido de exercer a função de responsável técnico perante todas as Capitanias dos Portos pelo período de cinco anos; Lívio, responsável pela lancha e sócio da empresa CL Empreendimentos, deve pagar multa no valor de 10.860 UFIR (Unidades Fiscais de Referência), a ser corrigido pelo setor de execução do Tribunal Marítimo. Além disso, o registro de "armador" foi cancelado. Já o comandante da embarcação, Osvaldo Coelho Barreto, responde por lesão corporal e homicídio culposo.
As mais de 40 famílias atingidas com o naufrágio ainda aguardam que a Justiça as repare com as devidas indenizações. Na época do acidente, o Mar Bahia conversou com o então Capitão dos Portos da Bahia, Leonardo Reis. Confira aqui.
Comentarios