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Bonfim 2026: tema da festa fortalece tradição e celebra presença feminina de Isabela Suarez como Juíza da Festa

  • Foto do escritor: Mar Bahia
    Mar Bahia
  • há 4 horas
  • 3 min de leitura

Na manhã desta sexta (12), o reitor da Basílica Santuário, padre Edson Menezes, apresentou o tema da Festa do Bonfim 2026: “O Exercício do Ministério Público de Jesus, o Amado Senhor do Bonfim”. A presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB) e Juíza da Festa, Isabela Suarez, acompanhou a apresentação, reforçando a importância da presença feminina em um dos cargos mais simbólicos da celebração.


Neste ano, a escolha de Isabela Suarez como juíza da festa, amplia a presença feminina na história cultural e religiosa da Bahia, trazendo ainda mais representatividade para uma das celebrações mais emblemáticas do estado. Reconhecida nacional e internacionalmente, a Festa do Senhor do Bonfim evidencia a força de uma devoção que atravessa o Brasil há 280 anos, desde a chegada da imagem à Bahia. O cortejo, os ritos religiosos e as manifestações populares que movimentam a Colina Sagrada consolidam a festa como um símbolo de fé, tradição e diversidade cultural.


Foto: ASCOM ACB
Foto: ASCOM ACB

A participação de Isabela Suarez representa não apenas a força da mulher baiana em espaços de poder e tradição, mas também reafirma a importância da união entre fé, cultura e economia no fortalecimento da imagem da Bahia para o Brasil e o mundo. “É uma honra e uma grande responsabilidade ser parte desta história. Mais do que um título, este é um chamado para reforçar a devoção, preservar a tradição e dar visibilidade à grandeza da Bahia e do seu povo”, destaca. A atual presidente da ACB vai suceder o empresário Luiz Mendonça Filho, responsável pela edição de 2025.


Isabela Suarez destaca que a afinidade, não só com a irmandade pela relação de família e da fé do ponto de vista religioso, tem ainda a relevância do aspecto econômico que os festejos representam para a economia do estado.


“O Bonfim não é apenas uma celebração de fé — é um movimento que fortalece a Bahia muito além do dia da festa. O Santuário, a irmandade e a fé que movem baianos e turistas o ano todo para subir a Colina Sagrada  mobiliza comércio, turismo, serviços, gera oportunidades para pequenos e grandes empresários, evidenciando a força do empreendedorismo baiano. Quando a cidade se prepara para o Bonfim, toda a cadeia produtiva se movimenta. É a demonstração mais bonita de como tradição e desenvolvimento caminham juntos no nosso estado”, destaca.

 

Foto: ASCOM ACB
Foto: ASCOM ACB

Sobre a escolha de uma mulher para o posto, padre Edson ressaltou que a decisão é coerente com o momento da Igreja. “A decisão foi em consenso e segue uma tendência da Igreja Católica de favorecer que mulheres ocupem cargos importantes, antes ocupados prioritariamente por homens. Estamos de pleno acordo e sintonia com essa recomendação”, afirmou. O presidente da Irmandade, Marcelo Sacramento, reforçou a importância da decisão. “A escolha de uma juíza para nossa festa é um ato simbólico. Entendemos que é muito importante a diversidade de gênero, cultura e religiões. Isabela é uma mulher dinâmica, destemida e de muitas conquistas”, disse.


Em 2026, os festejos serão celebrados entre os dias 8 e 18 de janeiro. A tradicional Lavagem das Escadarias da Basílica, na Colina Sagrada, acontecerá em 15 de janeiro. As novenas ocorrerão nos dias 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 16 e 17, sempre às 19h. No dia 13, a noite será dedicada ao setor produtivo e aos advogados — ambos representados por entidades atualmente lideradas por mulheres. Sobre esse simbolismo, Isabela destacou. 


Caminhos de fé - Marcelo Sacramento anunciou ainda o projeto de transformar a península de Itapagipe em um grande Caminho de Fé, ligando a Igreja da Conceição da Praia ao Santuário de Santa Dulce dos Pobres e à Colina Sagrada. “Com parcerias com a prefeitura e governo, e as bênçãos de Senhor do Bonfim, vamos transformar esse caminho em um dos maiores centros de peregrinação de turismo religioso do mundo”, afirmou. Ele também anunciou a construção de um columbário com 70 boxes, o primeiro com essa capacidade no Norte e Nordeste, para guardar as cinzas de entes queridos.

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