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  • Foto do escritorMar Bahia

Como ajudar os meros no mar da Bahia?

Atualizado: 26 de mai. de 2022

O Mero (Epinephelus itajara) é a maior garoupa do Oceano Atlântico, podendo ultrapassar 2 m de comprimento e pesar mais de 400 kg. Quando jovens são encontrados em estuários, perto de manguezais, ou até mesmo em recifes costeiros rasos. Depois de crescerem, migram para áreas mais profundas, passando a habitar recifes naturais e estruturas artificiais, como naufrágios. Esses peixes eram conhecidos como territoriais, passando boa parte de sua vida em um recife, sem grandes deslocamentos. No entanto, estudos recentes de telemetria e foto identificação têm mostrado que grandes deslocamentos são realizados pelos Meros adultos, especialmente associados à reprodução.

Foto: Claudio Sampaio

A maturação sexual tardia, o local de ocorrência quase sempre previsível, a ausência do medo da presença humana e junto com a formação de grandes cardumes para desovar, tornam o Mero sensível aos impactos humanos. Infelizmente, a pesca em excesso e a degradação dos seus habitats (manguezais e recifes de coral), levaram a espécie a ser classificada como criticamente ameaçada de extinção no Brasil. Apesar disso, ainda é possível ver Meros no mar da Bahia. Devido a facilidade do acesso a smartphones, redes sociais e a maior disponibilidade de câmeras subaquáticas, o número de registros (fotografias e filmagens) de Meros na Bahia aumentou nos últimos anos. Em geral, esses registros ocorrem durante mergulhos em naufrágios e recifes profundos, assim como em capturas pela pesca artesanal e esportiva. Meros mortos encontrados encalhados nas praias, também são registrados.

Foto: Claudio Sampaio

Como podemos ajudar essa espécie criticamente ameaçada? O Projeto Meros do Brasil há vinte anos luta pela conservação dos meros através de ações voltadas à pesquisa, educação ambiental e comunicação através das redes sociais. O projeto tem um programa de ciência cidadã que busca entender basicamente onde e como estão os Meros no Brasil. É bem simples participar, se encontrar um mero vivo mergulhando, ou mesmo morto encalhado na praia, fotografe e envie as imagens no site ou marcar o Projeto Meros do Brasil através da #contapragente, no perfil do Instagram @merosdobrasil. Sua ajuda é extremamente valiosa! Bom para os oceanos, melhor para você!


*José de Anchieta Nunes, Márcio J. A. Lima-Jr, Tiago Albuquerque, Maria N. G. de Oliveira, Rodrigo Maia-Nogueira, Cláudio L. S. Sampaio


Agradecemos ao Patrocínio da Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental.



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