*Por Cláudio Sampaio, Professor UFAL Penedo
Devido ao isolamento social, por conta da pandemia do Covid-19, muitos foliões buscaram a segurança das atividades turísticas sem aglomerações, em áreas abertas, bem ventiladas e com o uso de máscaras. Na ausência dos festejos carnavalescos, o Rei Momo foi o Mero!
Com proporções dignas do rei da folia, o Mero pode alcançar mais de 2,5 m de comprimento e 450 kg de peso total! Nascem fêmeas e quando adultos podem mudar de sexo, vivendo por quase meio século! Os jovens vivem entre as raízes dos mangues e quando adultos, procuram os recifes e naufrágios. Essas características, associadas ao comportamento dócil, fez da pesca e a degradação dos ambientes costeiros, graves ameaças ao Mero. No final dos anos 90 já era difícil encontrar grandes Meros, de tal maneira que desde 2002 sua pesca foi proibida em todo o Brasil, sendo considerado criticamente ameaçado de extinção.
A pesca do Mero também é proibida nos EUA e Caribe, onde são tratados como atrações, com turistas injetando bilhões de dólares anuais na economia, através da compra de passagens, hospedagens, alimentação, mergulhos e artesanato local, tanto que ninguém deseja mais ver um Mero morto, pois vivo pode gerar renda por décadas.
Alguns Meros foram fotografados, durante o carnaval, no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no extremo sul da Bahia. Mergulhos memoráveis com muitas imagens e emoção! Seguramente essas imagens, compartilhadas nas redes sociais irão atrair mais turistas interessados em conhecer Abrolhos, a maior e mais rica área recifal do Atlântico Sul!
Caso possua imagens, fotos e vídeos, de Meros (vale qualquer data e local), compartilhe com o Projeto Meros do Brasil, pois são informações valiosas e assim você irá contribuir para a conservação não apenas dos Meros, mas também dos ambientes marinhos.
Ficou curioso? Quer colaborar? Visite as redes sociais do Projeto Meros do Brasil e do Laboratório de Ictiologia e Conservação da UFAL Penedo para saber mais.
Show! É lindo de se ver mesmo!