Um dos programas de maior sucesso nas águas da Bahia, o ParaPraia, vem de sua sensibilidade de integração a uma das melhores sensações da vida: tomar um "simples" banho de mar. Mas você sabe como ele foi idealizado?
O Mar Bahia conversou com Marcelo Domingos*, que teve a ideia inicial do projeto a partir do desejo de ajudar um amigo. "Em 2010 tive um bate papo com um amigo chamado Galeto, que havia perdido sua mobilidade em um acidente. Na época contei a ele que em Portugal existia um projeto bacana, que possibilitava a acessibilidade ao banho de mar. Então em atenção especial a esse amigo, resolvi dar uma aprofundada e descobri que no litoral de SP e no Rio de Janeiro também já existiam dois projetos com a mesma finalidade. Isso acendeu ainda mais minha vontade de fazer algo aqui na Bahia também. Assim surgiu o ParaPraia, que inicialmente denominei “Todos para Praia “, conta Marcelo.
Até ser consolidado o projeto passou por um longo caminho. Em 2013 começou a ser implantado através da Secretaria da Cidade Sustentável, inovação e Resiliência (SECIS) e no verão de 2014 nascia a primeira edição do ParaPraia, já com aporte de outras parcerias . "O projeto ganhou novos atores, parceiros e se consolidou. Da minha parte. acho que deixei um legado para validar minha existência. Meu amigo Galeto desencarnou no ano seguinte à estreia do projeto, mas tomou seu banho, foi entrevistado ao vivo e autêntico como era falou: “ Está tudo muito bom, mas para ficar melhor tinha que ter minha Brahma! (Risos). Em 2021 o projeto vai para sua oitava edição. Hoje me sinto feliz , pois ele permanece vivo, evoluindo e todos os anos ganha vários pais, mães, padrinhos. Penso que um projeto só se concretiza, só se torna real, quando é compartilhado por varias mãos e o ParaPraia consegue isso", conclui Marcelo.
* Marcelo Domingos é baiano, professor universitário de graduação em Adm, Hotelaria e Turismo. Atua na iniciativa privada e na gestão pública como coordenador do Jardim Botânico de Salvador e gerente de projetos da SECIS . Atualmente atua como consultor da UNESCO e é fã número um da Economia Criativa.
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