Paixão pelo mar é transformada em arte através das conchas
- Mar Bahia
- 19 de set. de 2024
- 2 min de leitura
A Bahia tem a maior faixa litorânea do Brasil. A Baia de Todos os Santos, com seus 1233 quilômetros de extensão, faz parte da chamada Amazônia Azul. Por ser a principal via de transporte do comércio exterior, pelas reservas de petróleo e gás e pela diversidade dos recursos naturais, é um patrimônio a ser preservado e valorizado. “Respeitar o meio ambiente é utilizar tudo que a natureza, com sua fauna e flora, nos oferece, tendo sempre a consciência da preservação e sustentabilidade”, define a artista que carrega no nome a descendência do engenheiro que construiu o Elevador Lacerda.

Assim como o equipamento que é cartão postal da cidade de Salvador, Ana Laura gosta de estar debruçada sobre o mar, sua fonte de inspiração desde a juventude. É assim que renova a paixão por conchas e transforma seu encanto e talento para produzir artes majestosas. Intitulado Arte do Mar, seu projeto tem uma marca inédita no mundo.
Conchas e búzios de diversos tamanhos, formatos e cores formam paisagens-mosaico deslumbrantes que decoram desde um grande resort a residências na capital baiana, e outros estados. As telas, que encantam pelo tamanho e delicadeza, não estão à venda. O propósito de Ana Laura é reunir um acervo artístico para o projeto de exposições itinerantes pela Bahia e outros estados do Brasil. “Quem sabe do mundo... muitos países estão atentos à preservação do mar e dos seus frutos”, pontua a artista.
Arte do Mar
Cada peça é uma janela para um mundo encantador, que varia desde paisagens marinhas até elementos como veleiros e peixes. A matéria-prima prioritária vem da Baía de Todos os Santos. Em algumas criações, a artista usa também conchas de outros países, vindas da África, Indonésia, Filipinas e Japão. Ao adquirir 99% das conchas nas comunidades pesqueiras das ilhas da Baía de Todos os Santos, a artista contribui com a economia local sem qualquer prejuízo ao meio-ambiente.
"As conchas têm utilidades diversas. Produzem pérolas de alto valor, seus moluscos servem de alimento para deliciosas moquecas servidas nos restaurantes da Bahia, servem como adereço em colares", lista a artista, destacando que a matéria-prima da sua arte é fruto do material descartado pelas marisqueiras. “Fiz questão de obter junto ao INEMA-BA, órgão regulador do meio ambiente em nosso estado, um certificado que comprova que minha atuação não é agressiva ao ecossistema marinho. Ao contrário, eu ajudo no descarte e gero renda para as marisqueiras”.
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