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Fabrízio Cruz fala sobre estreia de nova classe na Aratu-Maragojipe

Atualizado: 11 de set.

Uma semana antes largada da Regata Aratu-Maragojipe uma novidade técnica estreia dentro da programação do evento: a classe VPRS, que pela primeira vez será válida no Campeonato Baiano de Vela de Oceano, disputado nos dias 17 e 18 de agosto no Aratu Iate Clube. O Mar Bahia conversou com o capitão da Flotilha de Veleiros de Oceano da Bahia (FVOBA), Fabrízio Cruz, que explicou um pouco o que muda com a chegada da classe à Bahia.

Foto: Mauricio Cunha

MAR BAHIA - Explique um pouco o que significa e do que se trata a VPRS


FABRIZIO CRUZ - Sistema de Classificação (Rating) por Previsão de Velocidade. É uma regra inglesa, criada a pedido da PYRA (Poole Yacht Racing Association), a qual após um campeonato teste em 2010, passou a usar a regra de forma exclusiva. É hoje utilizada por alguns clubes na Inglaterra e no Mediterrâneo, e chega agora à Bahia.


MB - Ela pode ser considerada uma nova classe no cenário das competições náuticas?

FC - Ela não é uma classe nova pois já existe desde 2010. No cenário nacional a FVOBA já faz estudos a respeito desde 2015/2016. Mas do ponto de vista oficial, a regra está começando a ser utilizada no Campeonato Baiano de Vela de Oceano 2019.


MB - De que forma a classe pode se destacar de outras semelhantes?

FC - Primeiro devemos esclarecer que as classes mais conhecidas, com formas de medição semelhantes, seriam a IRC e ORC. Ou seja, são classes que utilizam a comparação Peso x Potência como base para se estabelecer um rating. Dentre elas, a vantagem da VPRS é o fato de ser extremamente mais simples e barato de se obter um certificado e de se fazer as renovações anuais, com custos bem próximos aos da Regra RGS. Estamos falando de uma regra onde cada embarcação deve gastar algo em torno de R$ 500,00 para fazer a primeira medição e em torno de R$ 100,00 para emissão do primeiro certificado ou renovação anual. Para barcos que já possuem certificados em regras como IRC e ORC, podemos aproveitar esses certificados para colher as informações necessárias para o certificado VPRS.


MB - Quais são as vantagens e desvantagens?

FC - A maior vantagem é termos um sistema de medição justo, que reduza as disparidades de projeto, que beneficie o desempenho de cada tripulação e permita que todos os barcos disputem numa mesma classe.


MB - Porque a classe ainda não é tão popular quanto às demais na classe Oceano?

FC - Ela não é popular no Brasil, primeiro porque parte da flotilha nacional está satisfeita com as regras existentes, segundo porque é uma regra com algumas particularidades que não estão alinhadas com os anseios de algumas instituições. A regra existe há quase dez anos e onde ela já foi utilizada teve grande aceitação e continua se expandindo. Está chegando também à FREVO em Recife, que já aprovou a implantação e está em processo de medição dos barcos


MB - Quais são os modelos de embarcações que podem se beneficiar mais da VPRS?

FC - A princípio todos os veleiros de oceano, principalmente cruiser-racers. Também pode ser empregadas por veleiros “puro sangue” mas nesse caso recomenda-se uma divisão por causa do tipo de percurso que temos e que pode favorecer demasiadamente um tipo ou outro de barco.


A Regata Aratu-Maragojipe larga no dia 24 de agosto e já conta com mais de 100 barcos inscritos na prova, que este ano comemora 50 anos.

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